terça-feira, 28 de setembro de 2010

Eleitos pelo povo

Janeiro de 2011. Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Cerimônia de posse dos deputados estaduais eleitos.

Na primeira fila, estão sentados aqueles que vieram botar pra quebrar: Loura Braço Forte, Robson Vandamme, Arlete Karatê, Fernando Paulada, Mano Dirigindo a Luta, Hugo Camburão, Hilda Furacão, Fausto 100 Por Cento e Eu Faz.

Espalhados em pontos estratégicos, para semear a concórdia na Assembleia, encontram-se os deputados mais paz e amor: Peçanha Amigo de Todos, Nilson o Abençoado, O Gente Nossa, Marcos Manso, Lucílio Pobre Ajudando Pobre, Lima do Bem, João Família, Giba Sangue Bom, Coca Amigo da Comunidade, Carlinhos um Homem de Deus, Broder e os barbudões Maluco Beleza e Papai Noel.

Gratificante é ver a diversidade de classes trabalhadoras que conseguiu eleger seus representantes. Os vitoriosos Cícero Camelô da Central, Dabi Baleiro, Hugo Pipoqueiro, Damião Mecânico, Chico Borracheiro, Didi Caminhoneiro, Fabio do Táxi, Claudioci das Ambulâncias, Marcone da Kombi, Baixinho do Gás, André Pescador, Ana Copeira, Alamir Artesão do Vime, Betão do Saneamento, Didiu Jornaleiro, Isabel da Limpeza e Jonas da Reciclagem são alguns exemplos de que o povo – o povão mesmo – sabe votar.

Mas, pra não dizer que apenas as profissões mais simples estarão protegidas, a classe médica também elegeu seu deputado: Dr. Ogando (que, numa fala rápida, pode ser chamado de ‘Drogando’).

Quando deu meio-dia, nossos deputados estavam morrendo de fome. Foi então que Paulo Gulosinho, Fernando do Comilão, Jorge Barriga, Papinha, Manteiga, Camarão, Feijão, Filé, Ludivan Batata, Nelson Cebola, Salathiel Salada, Uzia Mocotó e Valdecir da Batata Frita se manifestaram, lembrando que, para comemorar, todos poderiam seguir para o estabelecimento do colega eleito Otávio do Churrasco. A alegria foi geral!

Já no restaurante, os nobres deputados resolveram tirar a tarde de folga e promover um arrasta-pé no local. E, como vivemos numa democracia, não houve briga quando as carrapetas foram divididas por DJ Clovão, MC Geleia e Amarildo do Samba. Gustavo Tutuca, Jussara Hu Hu e Maria Chupetinha requebraram até o chão!

Fim de tarde, o pessoal começou a dispersar. Mas não sem antes aceitar a sugestão de Geraldo Pudim, Xoquito, Messias o Garoto Bombom, Mulher Melão, Miguel Banana e André Banana para comer as sobremesas.

Na hora da despedida, Bicho de Pé Já É dizia seu jargão pros caros colegas: “Aê, já é, galera! Tamo junto até 2014!

Jorge Bombril concordou: “Tamo junto mermo! Pra mil e uma utilidades!

Vicente Sorriso saiu da churrascaria mostrando os dentes brancos pra alguns paparazzi que flagraram a farra dos deputados eleitos.

E Sergio Esperança foi o último a partir, deixando no ar a sensação de que a esperança de um Brasil melhor é a última que morre...

Nota da blogueira: Todos esses nomes foram tirados da listagem de candidatos que concorrem à vaga de deputado estadual no Rio de Janeiro. Minha pretensão não foi agredir ou desmoralizar qualquer candidato, os quais sequer conheço as trajetórias profissionais e políticas. Quis apenas exercitar minha liberdade de expressão e fazer uma brincadeira com a diversidade de candidatos. Por favor, peço que os nomes citados não se sintam ofendidos!

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Provador ou câmara de tortura?

Se isso nunca aconteceu com você, ou está mentindo ou é muito privilegiado pela genética. Diga lá se não é verdade: entrar no provador de grandes magazines é uma verdadeira tortura! Naqueles boxes espaçosos, com espelho de cima a baixo e iluminação hipermegapower, você vê quem realmente é. Ou quem realmente você se transformou. Pula banha pra tudo quanto é lado!!!! E até mesmo as ainda disfarçáveis rugas de expressão fazem questão de gritar: “Ei, tô aqui... Tô chegando com tudo... E pra ficar!

Minha mãe, há alguns anos, me telefonou super pra baixo. Perguntei o motivo. “Hoje fui comprar um maiô. Entrei no trocador pra experimentar e, quando tirei toda a roupa e me olhei no espelho, não me reconheci. Que coisa horrível eu me transformei!”, confessou minha mãe, a-r-r-a-s-a-d-a!!! Na hora, fiquei com uma pena danada dela. Muito difícil envelhecer, ver o corpo mudar tanto. Ainda mais porque minha mãe pertence àquela faixa de mulheres que não conheciam academia, cremes firmadores, nem mesmo os benefícios de uma simples caminhada. Isso é coisa de 30 anos pra cá. E 30 anos pra lá minha mãe já tinha 40 e já estava meio caidinha e com a cabeça arraigada de que “nada posso fazer por mim”.

Pois é... Os anos são implacáveis com todas nós (ou com quase todas nós, porque estão aí pra desmentir essa verdade a Vera Fischer, a Betty Faria, a Christiane Torloni, a Ângela Vieira, a Cissa Guimarães e tantas outras mulheres que sabem envelhecer mantendo suas barrigas de tanquinho). Mas eu, infelizmente, não pertenço a essa categoria. Foi então que, no sábado, estava no trocador de uma megaloja quando me despi e... meldeus! Tô ficando igual a minha mãe! Quase cantei como a Maysa: “Meu peito caiu e me fez ficar assim...” Ou então como a Bethânia: “Olhos nos olhos, quero ver quantas rugas traz...”

Gente, pra que tanta luz nos provadores? É pra gente sair de lá direto pro analista? Ou pro Vigilantes do Peso? Deve estar havendo alguma venda casada nessas lojas de departamento... Não é possível! Acho que vou fazer uma denúncia ao Procon! Em casa, os espelhos são nossos melhores amigos. Mentem para o nosso bem! A gente se olha e se vê poderosa! Mesmo com a barriga saliente ou com ruguinhas inconvenientes, nosso reflexo é sempre melhor do que realmente somos. É como se fôssemos a madrasta da Branca de Neve e ouvíssemos de um amedrontado espelho: “É claro que você é a mais bela!” E aí a gente vai embora pro cinema, pro trabalho, pra padaria, pro supermercado se achando!

Mas, no sábado, saí do shopping me achando também. Me achando gorda e velha! Não, mas eu não podia me entregar à depressão! Precisava reagir e levantar a moral naquele fim de noite. Afinal, não sou mulher de esmorecer! Pra apagar da minha mente aquele reflexo infame, fui pra pizzaria com as minhas filhas e comemos uma grande com catupiry acompanhada por dois chopes (meus, é claro!). Saí de lá mais leve...

Depois tem gente que não sabe por que fica deprimida...

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Por que ver Nosso Lar

Foi uma surpresa, na última sexta-feira, ver no jornal O Globo a crítica ao filme Nosso Lar. O bonequinho estava deitado na poltrona, dormindo. Obviamente, não levei aquilo a sério. E no sábado – após ter esperado ansiosamente por esse dia – lá estava eu sentada no escurinho do cinema para assistir ao filme.

De certa forma, tive que concordar com o bonequinho: o ritmo do filme é um pouco lento, sim. Mas isso é o de menos... Nosso Lar é lindo! Tá certo que eu sou suspeita para falar. Sigo a doutrina espírita há 22 anos e o primeiro livro que li foi justamente Nosso Lar. Na época, a história de André Luiz mudou minha visão da vida e da pós-vida. Foi o pontapé inicial para que eu ficasse mais esperta em relação às minhas ações, para que pudesse colher boas reações. Ao mesmo tempo, a leitura de Nosso Lar não colocou uma faca no meu peito dizendo: “Seja boazinha, senão você vai pro umbral!” Apenas me avisou: “A cada vez que você errar, há chances de recomeçar. O importante é seguir em frente rumo à evolução.”

Pois 22 anos depois lá estava eu tendo o prazer de ver aquela leitura transformada em filme de altíssima qualidade. E foi uma alegria estar sentada ao lado de minha filha de 12 anos, que ainda não leu o livro, mas amou o filme. Gostaria muito que Nosso Lar operasse mudanças em muitas pessoas, como aconteceu comigo tanto tempo atrás. Sei que tem gente que irá considerá-lo a mais pura ficção científica. Parece mesmo. Mas não é! Vi na telona o que acontece na minha rotina em cura espiritual, trabalho que humildemente tento desenvolver no MAP. Os mesmos movimentos das mãos do “curador”, a mesma luz verde sendo emanada das palmas das mãos (como tantas vezes projetei para os “pacientes”), o mesmo amor sendo distribuído aos que sofrem!

E como explicar que, nos anos 30, a colônia espiritual já tivesse aqueles computadores de tela plana, que só vieram a se tornar realidade para nós décadas depois??? E quanto ao autobus??? Já há alguns anos cientistas vêm tentando desenvolver essa tecnologia... E, em junho, saiu em todas as mídias a notícia de que carros voadores tinham sido aprovados nos Estados Unidos. Veja em: http://info.abril.com.br/noticias/ciencia/carro-voador-e-aprovado-nos-eua-30062010-20.shl Com o trânsito insuportável do jeito que está, não demora muito para termos coletivos voadores por aí... E isso corrobora o que foi dito no filme: primeiro as coisas são inventadas no plano espiritual, depois chegam para nós. Só espero que em breve tenhamos também dirigentes que dão exemplo, curas feitas sem medicamentos complicados, lares para todos e, claro, um sentimento de fraternidade tão grande como o existente em Nosso Lar.

Estamos vivendo um momento muito bacana... A tríade corpo-mente-espírito vem sendo tratada de maneira cada vez mais aberta e abrangente. Tem novela sobre o assunto, tem filme, tem peça, tem proliferação do tema em rádios, livros, Internet... É o boom de uma mudança de percepção! De uma vida menos material para uma vida com maior integração espiritual. Isso é bom demais! E posso dizer que as pessoas que receberam a missão de cumprir esse papel de divulgadoras dessa realidade são muito abençoadas... e humildes. Vou dar um exemplo.

Há cerca de um mês, estava no MAP quando fui surpreendida pela presença do diretor de Nosso Lar, Wagner de Assis, que faria uma minipalestra sobre o filme. Ao final de sua apresentação, eu estava sentada no pátio quando o sorridente diretor passou ao meu lado, indo em direção a seu carro. Num impulso que não sei de onde tirei, me levantei subitamente e lhe disse: “Posso te dar um abraço?” Embora surpreso, ele aceitou. Foi um abraço que durou alguns segundos, o suficiente para eu sentir aquela troca amorosa de chacra cardíaco para chacra cardíaco. Sem estrelismos! Ao final, o parabenizei por ele ter conseguido transformar em realidade o sonho que acalentou há tantos anos: levar Nosso Lar a um público maior, ao cinema!

Ao abraçar Wagner de Assis, me senti abraçando todos aqueles que sonham... Todos aqueles que vêm com uma missão bonita a desenvolver na Terra. Espero, de alguma forma, poder fazer parte desse time. E, um dia, ser moradora de uma colônia tão abençoada quanto Nosso Lar.