Definitivamente, a antiga marchinha “É dos carecas que elas gostam mais” está completamente desatualizada! Agora, isso se inverteu: é das carecas que eles gostam mais! Não, não pense que estou falando do couro cabeludo feminino. Desce mais um pouco. Mais um pouco. Achou! Eu me refiro justamente à parte do corpo da mulher chamada de região pubiana ou púbis. E onde, nela, nascem os tais pêlos púbicos, mais conhecidos como... Bom, deixa pra lá. O nome é feio demais!
Eu me recordo bem de quando, criança inocente, espiei pela primeira vez (por um buraquinho que meus irmãos haviam feito na porta do banheiro de serviço) a ‘secretária’ lá de casa e sua filha adolescente tomando banho. Nossa, o que era aquele matagal na perereca delas??? (Naquela época, eu chamava a dita-cuja de perereca...) Não podia acreditar que eram pêlos. Mas eram, meus irmãos me garantiram! Passei a achar que, como elas eram de Minas Gerais, apenas as mineiras tinham pêlos na perereca. Minha mãe e minha irmã mais velha – cariocas – nunca haviam ficado nuas na minha frente (coisa de uma outra geração, que não existe mais...). Então, só podia ser coisa de mineira! Carioca que se preze jamais teria aquela deformidade no corpo! O tempo passou, minhas amigas da escola me explicaram que era assim mesmo e que não demoraria eu teria os meus próprios pêlos pubianos. E não demorou mesmo...
Quando eu já era casada, eu e meu marido pegamos um filme pornô dos anos 20 chamado Aurora. O escolhemos porque achamos engraçado desde a capa até o título (nome da minha falecida avó!). E realmente caímos na gargalhada quando vimos a protagonista nua, exibindo uma verdadeira Mata Atlântica sobre a delicada pele pubiana. Isso aconteceu em 1994. Eu, como mulher, já havia passado pela tendência dos anos 80 – fartos, mas sem exageros (o exagero havia feito parte da geração anterior, as hippies, com exceção da Claudia Ohana, que insistiu em mostrar seu matagal démodé na Playboy de 1985) – e, já no final desta década, adotara a boa cera depilatória para reduzir a abrangência lateral dos pêlos e a boa e velha tesoura para podar aqueles que insistissem em crescer mais do que cinco centímetros. Não foi à toa, portanto, que eu e Rômulo demos sonoras gargalhadas ao ver a Aurora, toda fogosa, exibindo sua peruca púbica. E o pior: deixando seu parceiro enlouquecido de tesão. Nós, telespectadores, apenas rimos...
Década de 90 adentro, a cera foi ficando mais ousada... Surgia o tal bigodinho de Hitler. Confesso que não aderi a essa moda. Pra que tanto? Quem se revoltou contra isso foi Vera Fischer, que não temeu bombardeios masculinos ao aparecer na Playboy, em janeiro de 2000, já com tenra idade e exibindo uma vasta cabeleira pubiana. Ela disse algo assim: “Sou contra a ditadura do bigodinho de Hitler!” Os homens babaram, as mulheres aplaudiram e caiu por terra o nazismo na Zona Sul feminina! Mas a cera continuou fazendo das suas. Tornou-se arte. A mulherada ia pro salão querendo depilar corações, raios, setas indicando o caminho do amor, a letra inicial do nome do amado, etc. Passei batida por essa moda (que tem muitas adeptas até hoje), porque não estou aqui pra fazer da minha região pubiana um Picasso (desculpem o trocadilho...).
Agora, meus queridos leitores, eis que a ditadura da cera decidiu ir mais longe... Desde o ano passado que mal posso crer no que tenho ouvido e visto. Primeiro ouvi: AIIIIIIIIIIIIII!!!!!!!! Era minha cunhada Paulinha, na casa da minha sogra, passando pelo quarto da tortura com a nossa amiga e depiladora Cacau. Ao final, Paulinha veio toda orgulhosa me mostrar sua obra-prima: a ‘perseguida’ igualzinha como veio ao mundo. Sem pêlo algum! Dias depois, ela me contou que seu marido havia ficado enfeitiçado pela novidade. “Doeu como nunca, mas valeu a pena!”
Desde então, passei a observar que esta é mesmo a nova ‘tendência de mercado’ no campo dos delírios sexuais. Na Playboy, o que se vê agora é ex-BBB nuinha em pêlo – literalmente! Sem pêlo algum!!!!!! E a maioria das adolescentes estão aderindo em massa, talvez numa nova versão do complexo de Peter Pan: preferem se manter com corpo de criança, embora suas mentes... ai, meu Deus... melhor nem comentar!
Eu tenho um amigo de 44 anos – mas com corpinho de 22 – que está namorando com uma mulher de 19 anos. Como ele mesmo diz, voltou à adolescência. E não é que foi mesmo? Qual não foi sua surpresa ao transar pela primeira vez com a moça e constatar que, em lugar dos habituais pêlos das mulheres mais velhas com quem ele estava acostumado a se relacionar, só encontrou uma pele lisinha, macia, extremamente aconchegante. Ficou pirado! Extremamente excitado! Gostou tanto da novidade que quase quis fazer o mesmo com seus próprios pêlos... Mas pensou duas vezes e apenas os aparou. Melhor assim, né? Porque esse papo de que são dos carecas que elas gostam mais não se aplica muito nesse quesito...
Um outro amigo meu, de 37 anos, disse que nunca deu de cara com a dita-cuja pelada, mas que, se desse, não ia gostar não... “Parece coisa de pedófilo! Tô fora! Ia brochar na hora...” Na minha enquete masculina, esse amigo parece ser uma exceção à regra. Embora seu comentário faça enorme sentido, o fato é que mais e mais homens estão curtindo a novidade. A Playboy da Natália está vendendo a rodo. As clinicas de depilação estão com a agenda cheia para a ‘extirpação radical’. Desse jeito, daqui a pouco, a menina quando entrar na puberdade já vai fazer aplicação de laser pra nunca mais ter pêlos nessa região. Ai, se essa moda pega!!!! Meus futuros netos, quando me virem pelada, vão cair na gargalhada...
Eu me recordo bem de quando, criança inocente, espiei pela primeira vez (por um buraquinho que meus irmãos haviam feito na porta do banheiro de serviço) a ‘secretária’ lá de casa e sua filha adolescente tomando banho. Nossa, o que era aquele matagal na perereca delas??? (Naquela época, eu chamava a dita-cuja de perereca...) Não podia acreditar que eram pêlos. Mas eram, meus irmãos me garantiram! Passei a achar que, como elas eram de Minas Gerais, apenas as mineiras tinham pêlos na perereca. Minha mãe e minha irmã mais velha – cariocas – nunca haviam ficado nuas na minha frente (coisa de uma outra geração, que não existe mais...). Então, só podia ser coisa de mineira! Carioca que se preze jamais teria aquela deformidade no corpo! O tempo passou, minhas amigas da escola me explicaram que era assim mesmo e que não demoraria eu teria os meus próprios pêlos pubianos. E não demorou mesmo...
Quando eu já era casada, eu e meu marido pegamos um filme pornô dos anos 20 chamado Aurora. O escolhemos porque achamos engraçado desde a capa até o título (nome da minha falecida avó!). E realmente caímos na gargalhada quando vimos a protagonista nua, exibindo uma verdadeira Mata Atlântica sobre a delicada pele pubiana. Isso aconteceu em 1994. Eu, como mulher, já havia passado pela tendência dos anos 80 – fartos, mas sem exageros (o exagero havia feito parte da geração anterior, as hippies, com exceção da Claudia Ohana, que insistiu em mostrar seu matagal démodé na Playboy de 1985) – e, já no final desta década, adotara a boa cera depilatória para reduzir a abrangência lateral dos pêlos e a boa e velha tesoura para podar aqueles que insistissem em crescer mais do que cinco centímetros. Não foi à toa, portanto, que eu e Rômulo demos sonoras gargalhadas ao ver a Aurora, toda fogosa, exibindo sua peruca púbica. E o pior: deixando seu parceiro enlouquecido de tesão. Nós, telespectadores, apenas rimos...
Década de 90 adentro, a cera foi ficando mais ousada... Surgia o tal bigodinho de Hitler. Confesso que não aderi a essa moda. Pra que tanto? Quem se revoltou contra isso foi Vera Fischer, que não temeu bombardeios masculinos ao aparecer na Playboy, em janeiro de 2000, já com tenra idade e exibindo uma vasta cabeleira pubiana. Ela disse algo assim: “Sou contra a ditadura do bigodinho de Hitler!” Os homens babaram, as mulheres aplaudiram e caiu por terra o nazismo na Zona Sul feminina! Mas a cera continuou fazendo das suas. Tornou-se arte. A mulherada ia pro salão querendo depilar corações, raios, setas indicando o caminho do amor, a letra inicial do nome do amado, etc. Passei batida por essa moda (que tem muitas adeptas até hoje), porque não estou aqui pra fazer da minha região pubiana um Picasso (desculpem o trocadilho...).
Agora, meus queridos leitores, eis que a ditadura da cera decidiu ir mais longe... Desde o ano passado que mal posso crer no que tenho ouvido e visto. Primeiro ouvi: AIIIIIIIIIIIIII!!!!!!!! Era minha cunhada Paulinha, na casa da minha sogra, passando pelo quarto da tortura com a nossa amiga e depiladora Cacau. Ao final, Paulinha veio toda orgulhosa me mostrar sua obra-prima: a ‘perseguida’ igualzinha como veio ao mundo. Sem pêlo algum! Dias depois, ela me contou que seu marido havia ficado enfeitiçado pela novidade. “Doeu como nunca, mas valeu a pena!”
Desde então, passei a observar que esta é mesmo a nova ‘tendência de mercado’ no campo dos delírios sexuais. Na Playboy, o que se vê agora é ex-BBB nuinha em pêlo – literalmente! Sem pêlo algum!!!!!! E a maioria das adolescentes estão aderindo em massa, talvez numa nova versão do complexo de Peter Pan: preferem se manter com corpo de criança, embora suas mentes... ai, meu Deus... melhor nem comentar!
Eu tenho um amigo de 44 anos – mas com corpinho de 22 – que está namorando com uma mulher de 19 anos. Como ele mesmo diz, voltou à adolescência. E não é que foi mesmo? Qual não foi sua surpresa ao transar pela primeira vez com a moça e constatar que, em lugar dos habituais pêlos das mulheres mais velhas com quem ele estava acostumado a se relacionar, só encontrou uma pele lisinha, macia, extremamente aconchegante. Ficou pirado! Extremamente excitado! Gostou tanto da novidade que quase quis fazer o mesmo com seus próprios pêlos... Mas pensou duas vezes e apenas os aparou. Melhor assim, né? Porque esse papo de que são dos carecas que elas gostam mais não se aplica muito nesse quesito...
Um outro amigo meu, de 37 anos, disse que nunca deu de cara com a dita-cuja pelada, mas que, se desse, não ia gostar não... “Parece coisa de pedófilo! Tô fora! Ia brochar na hora...” Na minha enquete masculina, esse amigo parece ser uma exceção à regra. Embora seu comentário faça enorme sentido, o fato é que mais e mais homens estão curtindo a novidade. A Playboy da Natália está vendendo a rodo. As clinicas de depilação estão com a agenda cheia para a ‘extirpação radical’. Desse jeito, daqui a pouco, a menina quando entrar na puberdade já vai fazer aplicação de laser pra nunca mais ter pêlos nessa região. Ai, se essa moda pega!!!! Meus futuros netos, quando me virem pelada, vão cair na gargalhada...
3 comentários:
Definitivamente é um assunto polêmico como os cachos! Como você já viu no meu blog, eu prefiro as peludinhas. O que não significa que eu me oponha às carecas. Muito pelo (ou pêlo) contrário. Uma brincadeira envolvendo uma gilete pode ser muito interessante.
Adorei o texto e, mais ainda, os trechos mais confessionais! Faça isso mais vezes...rs
Beijão!
Ora, ora, pois! Nada mais do que tendências, modismo. Contudo, muito bem percebido. O fato é, que é de fato uma verdade. Há benefícios estéticos e outros tantos. As gargantas de bocas mais ousadas, agradecem, ahah. Mas acho estranho que achem estranho assim ou assado. Que isto companheiros?! Elas são belas e de certa forma, razão de nossas vidas. E tal qual cortes de cabelo, roupas e outros adereços que se modificam, é importante ficar na moda! As que não aderiram, que o façam. Bah. Agora, dizer que foi assistir um porno básico, por conta do nome do filme...aiaiai ahah.
Abraços.
Eu faço parte da maioria, Perereca estilo Claudia Orrana não rola! Sem contar que temos que ficar cuspindo os pentelhos que ficam na lingua! rsrsrsrsrsrsr
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